Até que eles são parecidinhos...
Pois assim foi o penúltimo dia, mais precisamente a noite de premiação, do Cineport (Festival de Cinema de Países da Língua Portuguesa) que aconteceu no início deste mês na Usina Cultural da Saelpa, agora sede do festival.
A primeira vez que eu pisei na Usina durante o Cineport foi na quinta-feira, seis dias depois dele começar. Já passava das 22h, eu acabava de chegar de Campina, cansaço era apelido, morria de dor de cabeça e de fome. Mesmo sem raciocinar direito, senti na hora a importância daquele acontecimento para a nossa terrinha - até então desprovida de um festival nacional (muito menos internacional) de cinema. Tanto é que voltei nos dias seguintes. :)
Vi apenas os documentários “Cartola”, de Lírio Ferreira, e “O Senhor do Castelo”, de Marcus Vilar. Este último, uma honra. A fila para entrar na tenda dava voltas e voltas; a sessão contou com a presença do personagem documentado, Ariano Suassuna, e com a enorme euforia de uma platéia que reconhecia e admirava o escritor conterrâneo. Quando o vídeo terminou, o público enfim pôde extravasar a emoção contida durante os 70 minutos do vídeo. Aplausos venerados mostraram àquele senhor de 80 anos que ele não enfrenta uma batalha em defesa da língua portuguesa e dos valores regionais sozinho. Como diria Caetano, ‘foi liiiiiiiindo’. Ah, detalhe: a assessoria de imprensa de “O Senhor do Castelo” durante esse período era minha. :)
No mais, bons papos e boas companhias, inclusive a do meu namorado, que, pobrezinho, teve a “infelicidade” de trocar a redação da TV pela Usina Cultural da Saelpa para produzir, de lá, as matérias do festival para os JPB’s – isso durante uma semana.
(Walter Carvalho e Ariano)
Quem perdeu, faça o favor de não cometer essa injustiça em 2009.
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